QG Cerebral – Operação Criatividade
Por Josy Mayara
Localização: Córtex cerebral central, Estação de Processamento de Conhecimento.
Era mais uma segunda-feira agitada no QG cerebral de Júlia, estudante de Jornalismo. A missão do dia era desafiadora: Processo criativo, memorização e aprendizado para a apresentação de um trabalho sobre mídia e comportamento.
No comando, estavam os mesmos três heróis do cérebro reunidos numa mesa de emergência: Astro, o Astrócito, chefe de logística e suporte, Neuri, o Neurônio, encarregado das conexões e transmissões de ideias e Glia, a Célula Glial, responsável pela segurança, nutrição e controle geral da bagunça.
— Atenção, equipe! A Júlia bebeu café e agora tá com o cérebro a mil! Precisamos coordenar sinapses, energia e estabilidade emocional antes que ela comece a surtar com a quantidade de abas abertas no navegador! – Disse Astro, mostrando a sua hiperatividade.
— Tô recebendo um monte de informação aqui: Pierre Lévy, fandoms, cultura digital... Precisamos organizar essas memórias de curto prazo e fazer o backup no hipocampo! – Neuri falou com toda a calma e organização.
— Sem pânico! Já estou limpando os resíduos das sinapses anteriores e levando glicose fresquinha pros neurônios. Se os níveis de estresse subirem, eu lanço dopamina de emergência. – Disse Glia, sempre prestativa, ajudando os dois.
A luz do lobo frontal piscava freneticamente. Era sinal de que Laura estava tentando ser criativa. No córtex pré-frontal, Neuri começou a organizar ideias que surgiam:
— E se a gente comparar o comportamento dos fãs de música com movimentos sociais? Isso dá um gancho ótimo pra introdução! Alguém anota isso, rápido!
Astro se controlou e começou a digitar freneticamente num teclado invisível, gerando novas redes de apoio ao redor dos neurônios:
— Já estou fortalecendo as sinapses dessa ideia com proteínas de memória. Se ela dormir bem hoje, isso fixa!
— Se ela dormir bem... — Glia suspirou.
Lá fora, Júlia olhava fixamente para a tela do computador. Tinha acabado de ter uma ideia brilhante e nem sabia o quanto de esforço celular e cerebral isso envolvia. Sorriu, abriu o bloco de notas e começou a digitar.
Dentro do cérebro, o trio comemorava. No painel de controle apareceram as seguintes mensagens: Missão aprendizagem ativada com sucesso. Criatividade:fluindo. Memórias: em formação.
Glia estalou os dedos:
— Pronto, pessoal. Agora vamos só garantir que a motivação continue. Alguém libera um pouquinho de serotonina aí?
E assim, entre conexões elétricas, cuidados invisíveis e muito trabalho em equipe, o cérebro de Júlia seguia firme, construindo ideias, guardando conceitos e transformando conhecimento em criação. Porque no fim, mesmo por trás de uma mente criativa, sempre tem um exército invisível de pequenos heróis neurais trabalhando em silêncio para fazer tudo acontecer.
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