terça-feira, 5 de dezembro de 2023

dança dos neurônios


Entre Sinapses e Sonhos - A Dança dos Neurônios


 Naomi Lamarck Ferreira Oliveira


Fora do Sistema Solar como conhecemos, existem infinitas outras possibilidades; outras realidades, outros mundos, outros planetas como os nossos. É neste cenário que existe uma metrópole onde ideias fluem como rios, onde a originalidade dança pelas ruas e a tecnologia abraça a arte. Lá, moram curiosas pequenas criaturas, habitando um palco onde mentes se desdobram em uma coreografia única.

No coração da cidade, encontramos Dafne, uma artista de mente efervescente. Seu estúdio, um santuário para a expressão, poderia bem ser um laboratório: claro, preciso, branco, mas atravessado por sinapses e cores. Dafne, com seus pincéis como extensões de dendritos, mergulhava no mundo das formas calculadas repletas do sentimento abstrato guiada por uma intuição que ecoava o processo elétrico e químico dos neurônios humanos. Ela é uma precisa cientista, mas uma sensível artista; Em meio às pinceladas, murmurava consigo mesma: "É fascinante como criamos mundos inteiros com a facilidade de formigas que constroem seus formigueiros, em constante movimento. Cada traço meu é uma conexão, uma dança única entre meu consciente e inconsciente".

Ao lado, em um amplo e movimentado parque comercial, há uma cafeteria vibrante, onde a inovação é o ingrediente principal; lá encontramos Édipo, um inventor sempre imerso em seus próprios pensamentos. Seus neurônios, como engrenagens bem oleadas, giravam incessantemente, criando novas conexões e ideias. A quem interessar possa, Édipo frequentemente reflete sobre a singularidade do processo de criação: "A inteligência é uma dança única, que flui através e a partir da nossa percepção, dos sentimentos, da memória, do que conhecemos, mas ao mesmo tempo, do que jamais vimos na vida."

Na periferia da cidade, uma sala de aula fervilhava com mentes jovens ansiosas por aprender. O professor, um sábio contador de histórias chamado Aquiles, explicava a importância do aprendizado contínuo. "Os neurônios são eternos aprendizes", ele afirmava, "e se a informação não chegar na forma de um estímulo do mundo exterior, eles se estiolam, definham".

Os três são diferentes, cada um com sua especialidade, mas ainda assim, se unem regularmente para o Festival da Criação, celebrando cada marco da inovação na cidade e estimulando outros habitantes a também fazerem parte do processo calculado e espontâneo da imaginação. É em um desses momentos que Aquiles explica, animadamente para seus jovens aprendizes: "Um matemático que se dedica à pintura, por exemplo, vai utilizar uma nova área do seu cérebro que, provavelmente, ficaria desativada”.

Entre sinapses e sonhos, a dança incessante dos neurônios na metrópole continuava e se reproduzia, alimentando a busca interminável por novas ideias, novas conexões e uma compreensão mais profunda da mente humana. E assim, os habitantes da cidade sabiam que, no palco da criatividade, a sinfonia regida ecoava através de toda calculada criação de Dafne, das diversas invenções de Édipo e em cada lição ensinada por Aquiles.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

A peleja do bricante com o game

 


Sandra Costa


O objetivo deste trabalho é re-escrever, de forma criativa, a leitura recomendada em sala de aula. A partir dessa orientação, propus a releitura do texto da referência (citada abaixo) em formato de poemas na estilística da leitura de cordel, com versos rimados e linguagem acessível. Foram elaborados quatro poemas para cada grupo de conceitos abordados no livro, a saber: o princípio do jogo; o game design; a questão da identidade; e as metodologias de aprendizado.

Acerca do princípio do jogo, os autores (Medeiros e Pires, 2019; Debiasi, 2019) debatem sobre a noção de jogo estar enraizada na cultura humana e que, a partir da considerável evolução das tecnologias ligadas à informática, ao computador e, por conseguinte, aos videogames, a subjetividade humana passa a se hibridar cada vez mais nos ambientes virtuais.

Em game design, extraí os quatro eixos que o compõe, que são a narrativa, a mecânica, a tecnologia e a estética. Além disso, falo sobre as características dos jogos, os jogos na perspectiva educacional e os videogames.

Na questão da identidade, trago a questão da subjetivação, processo que ajuda a entender como um sujeito transforma o ambiente ao seu redor de acordo com seu modo de ser e como o movimento inverso muda e/ou ajusta o comportamento das pessoas (Medeiros e Pires, 2019).

E finalmente, sobre as metodologias de aprendizado, reflito sobre as técnicas educacionais extraídas do livro, que foram aplicadas a grupos de estudantes diversos, de forma digital, sensorial ou analógica.


REFERÊNCIA

NICOLAU, Marcos (Org.). Games e gamificação: práticas educacionais e perspectivas teóricas. João Pessoa: Ideia, 2019. 265 p.


O PRINCÍPIO DO JOGO


O jogo está enraizado

Na cultura do humano

Desde os tempos mais antigos

Todo o mundo reúne os amigos

Do brasileiro ao americano

Para um game divertido


Mas foi na modernidade

Que a coisa ficou séria

Por conta da informática

Veio a pragmática

Jogo virou discussão na sociedade

Na faculdade, virou matéria


O homem entra no jogo

E o jogo entra no homem

Como pode isso menino?

Tanta regra e objetivo

Da natação ao Flamengo

Do xadrez ao ENEM


É jogando que o povo se diverte

Porque a gente quer saber o que acontece

Quando dá um passo pra frente

E o outro age diferente

E nessa batalha de mente

A gente fica preso constantemente


GAME DESIGN


Para criar um jogo coerente

Tem que pensar no jogador

Começar contando uma história

Que é pra ficar interessante

E ter uma estética satisfatória

Mas é o jeito de jogar

Que define o ganhador


A experiência é o que importa

No entanto, não se deve ignorar

Todo jogo tem que ter um objetivo

Que é pra ninguém desanimar

E quando ao jogador faltar motivo

O game design tem de o recompensar


Se é através de um jogo

Que o professor quer educar

Tem de fazer o jogador entender

Que não é a ferro e fogo

Que ele vai ganhar

Antes de tudo, no jogo,

Ele tem de se concentrar


O melhor jeito então

É deixar o jogo interativo

E se juntar com a TV

Fica ainda mais imersivo

Antes o videogame se jogava só com a mão

Hoje em dia põe o corpo todo a mexer


A QUESTÃO DA IDENTIDADE


O tempo foi passando

Os estudos, aprimorando

Hoje já dá pra perceber

Os jogos mudam a gente

É nesse caminho que a gente entende

Que com identidade tem a ver


O jogo nos influenciam

Assim como nós influenciamos nele

Se a gente muda todo dia

No mesmo ritmo o jogo vai mudar também

E com a tecnologia

Essas trocas vão muito mais além


É jogando que se pode consumir

O capitalismo agradece

Dentro do jogo também se pode conversar

Os amigos, reunir

Assim, a dinâmica cresce

E ao jogador cabe as técnicas aperfeiçoar.


METODOLOGIAS DE APRENDIZADO


Quando o jovem trabalha em grupo

Um novo aprendizado ele vai ter

É no jogo que ele interpreta um papel

Numa técnica chamada role play

Ora mas se não é no jogo

Que a gente pode ser quem quiser

Até um coronel, se assim convier


A parte boa de um jogo bom

É que dá pra todo mundo

Já pensou jogar sem enxergar?

Pois chega mais perto, que vou te contar

Para cego ver, basta um segundo

Tocar no ouvido dele, sem tela, só som


Com o som, o cego se orienta

Se duvidar, ele consegue até enxergar

Mais do que a gente que vê

Ora, mas se não é isso que se espera

Da experiência de jogar

Enquanto se joga, também se pode aprender


Bom mesmo é quando o jogador

Pode tomar o rumo da história

Apesar que isso acontece sempre

Mas sabe o que está na memória?

Dos tempos em que a gente lia mais

Antes do computador


Mas isso é a vida

Ela é como um videogame


A gente tem objetivos

Aos quais corremos para concretizar

É nessa dura lida

Que aprendemos a jogar

Cria ativo


 LEONARDO PEREIRA


Criatividade. Se não ela, quem nos daria fôlego e vontade de viver? Afinal, é a criatividade que nos levanta da monotonia cotidiana, e nos lança ao desejo puro e singelo de viver.

Enxergar o mundo com outros olhos e ver o que há de mais belo ao nosso redor é produto da mente criativa. Olhar para o céu e construir narrativas infindáveis das nuvens que cobrem as nossas cabeças é espetacular. Romper as barreiras das limitações humanas, pensar livremente, criar, transformar, redesenhar, reformular. A criatividade permeia todos os espaços que compõem a beleza humana.

Desfrutar da criatividade nos permite uma visão integral, ampla e profunda de uma verdade que nos habita e para a qual só tínhamos acesso de forma fragmentada. A cada sinapse, a criatividade leva-nos a dimensões inimagináveis, e as quais nenhuma ferramenta artificial.

A inspiração, combustível essencial e que nos dá criatividade, por meio da imaginação, de estímulos e sentimentos, é o que move também o jornalista enquanto escritor da própria realidade e condutor de histórias. A criatividade é, portanto, para o ser humano um escape da imaginação e da liberdade de pensar. A criatividade nos move.

fora do foco

 


SÁVIO SANTOS PADILHA


Criatividade, nada mais que uma grande válvula de escape, a grande sala de estar, uma caverna submersa do inconsciente humano onde é possível criar e recriar ideias e pensamentos, desejos e vontades.

Paixão, medo, insegurança, indignação, o que move a criatividade? O que impulsiona o criar? Picasso, Chaplin, Dali, Warhol, Shakespeare, o que esses artistas têm em comum? Nada mais do que emoções, no fim das contas são as emoções que nos movem, as emoções que estimulas nossa criatividade, no fim das contas, nossa criatividade é resquício do nosso interior.

Um grande trem sem um destino exato, assim é a nossa criatividade, e o que carrega esse trem em seus vagões, isso só você pode responder.

Somos seres complexos, cheios de demandas, de problemas, e onde a criatividade entra nesse cenário? Exatamente com a função de descomplicar, de amenizar, de suavizar quem somos, recorrer a criatividade é a melhor maneira de sair da loucura social.

Uma coisa sem limites, sem ponto de chegada, e as vezes até sem ponto de partida, o seu próprio surgimento e uma incógnita, as vezes chega sem avisar, sem nenhuma previa, as vezes bruta com diamante e precisa ser lapidada, as vezes simples como a chuva e te encharca.

Crio, o menino poeta

  

Henrique Eduardo dos Santos Neiva


Em uma cidade monótona

Numa realidade distópica

Um menino nasceu

Com um sonho de mudar

O mundo que cresceu

Mas a vida não foi fácil


Crio era pobre e sem faculdade

Ele trabalhou como ambulante

Naquela cidade

Que era um pesadelo constante


Mas Crio era um sonhador

Ele acreditava no seu talento

E não desistiu em nenhum momento

Sempre adquirindo conhecimento


Um dia, Crio teve a chance

De estudar e mudar de vida

Ele se formou em Letras

E se tornou um poeta

Daqueles que são poesia


Com sua poesia

Fez a diferença

Abriu mentes

E questionou crenças


Com mais idade

Criou um festival de criatividade

Para mostrar às pessoas

O poder da arte


O festival foi um sucesso

As pessoas ficaram maravilhadas

Com as obras de arte

Naquela outrora triste cidade


A cidade mudou

Tudo se transformou

Com o poder da criatividade

Que mostrou naquela tarde

que todo mundo pode

fazer arte


Crio continuou a escrever poesia

Até o fim de seus dias

Ele deixou um legado

De esperança e inspiração

Para aqueles que usam a criatividade

para mudar a nação.


- Henrique Neiva (27/11/2023)

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

tesouro oculto


 

SABRINA CAROLINE SOUZA NASCIMENTO


Eu me sentia livre sobre as páginas. Passava horas e horas ouvindo a multidão de pessoas e traduzindo o que elas falavam, como se estar na cabeça de alguém fosse um silenciador dos meus próprios pensamentos. Me movia entre as palavras numa dança espontânea que, aos poucos, se perdeu na monotonia. As histórias ecoavam distantes, e só me restou a vaga lembrança das vezes em que me debrucei naqueles sentimentos.

Ao escrever, minhas palavras desvaneciam como peças desgastadas pelo tempo. Um silencioso adversário se postava diante de mim todas as vezes em que precisava dar vida àqueles relatos. Os meus movimentos se limitavam a um tabuleiro de eternos impasses, abandonado pela fluidez, e o jogo se tornou cinza, perdendo a paleta de significados que coloria àquelas folhas.

A solução foi visitar o que eu tanto evitei. Encarar o desafio e, vencer o meu oponente, era mergulhar nos recantos sombrios de mim mesma: um reservatório de dor criativa e pungente, uma fonte inexplorada de medos e inseguranças. Eu estava cheia de coisas a serem ditas… até que o jogo mudasse de narrativa. Até que a voz ativa fosse a minha – insight.

A liberdade não estava nas páginas. Ela morava em mim.


sonho



Habyner Lima


Os sonhos são como fios tecidos pela imaginação, entrelaçando delicadamente com os recantos mais profundos de nossa mente. São narrativas que se desdobram enquanto dormimos, nos transportando para mundos inexplorados, onde as leis da realidade se desvanecem diante da magia da mente. Sonhando podemos ser qualquer um, em qualquer lugar.

Numa noite silenciosa, quando as estrelas bordam o céu com seus pontos de luz, nossos sonhos despertam, emergindo como borboletas coloridas de um casulo de pensamentos. Cada sonho é um convite para dançar nas margens do impossível, onde o inatingível se torna tangível, e o desconhecido se transforma em um companheiro de jornada.

Os sonhos não são apenas um capítulo fugaz da noite, mas sim janelas para nossa essência mais profunda. Neles, descobrimos desejos ocultos, medos submersos e anseios que ecoam nas câmaras secretas de nossa alma. Despertando as inúmeras possibilidades que o universo permite. Sendo os arquitetos dos desejos, construindo pontes entre o presente e o futuro, desafiando as limitações da realidade com a ousadia de uma mente desbravadora.

arte espelha vida

 



Michael Jackson Nascimento Bezerra


Na mente desperta, semente da inovação,

A criatividade floresce, arte em expansão.

Palavras dançam, pincéis que encantam,

Introdução ao reino onde sonhos se plantam.


No voo das ideias, como pássaros livres,

Exploramos os universos, que a mente descobre.

Traçando caminhos na tela em branco,

A criatividade tece seu próprio encanto.


É um convite ao desconhecido, à ousadia,

Desbravar fronteiras da mente em sinfonia.

No palco da imaginação, onde tudo é permitido,

A introdução à criatividade é o ponto escolhido.


Não tenhas medo, explorador dos pensamentos,

Abra alas para os fluxos mais fervorosos.

Na dança das ideias, o ritmo é o teu guia,

Mergulhe, então, na arte que cria.


Desintegrando o Status Social


 Ana Carollyne de Medeiros


Em um futuro não muito distante, a sociedade estava imersa em um sistema de gameficação chamado “LifeScore”. Cada indivíduo foi avaliado em tempo real por seus colegas, amigos e familiares, essas avaliações contribuíram para o seu LifeScore, uma classificação que determinou seu status na sociedade.

Emma, era uma jovem ambiciosa que buscava incessantemente aumentar seu LifeScore. Seu apartamento futurista, seus hábitos alimentares, suas interações sociais - tudo estava sujeito à avaliação constante. Era como se a vida de todos estivesse sendo jogada em um imenso tabuleiro, onde cada movimento tinha consequências.

No entanto, ao contrário da maioria, Emma não seguiu cegamente as regras do sistema. Ela percebeu a superficialidade do LifeScore e ansiava por uma desvantagem que estava além das classificações sociais. Um dia, enquanto navegava nas profundezas da rede, Emma descobriu uma comunidade secreta de "rebeldes desconectados".

Esses rebeldes rejeitaram as normas e buscaram viver de acordo com seus próprios valores. Cada um tinha uma história única, uma jornada pessoal que ia contra as expectativas impostas pelo sistema de gameficação. Emma, inspirada por essa descoberta, decidiu juntar-se aos rebeldes.

A sociedade gamificada, porém, não facilitava escapar das regras. A decisão de Emma teve consequências drásticas em seu LifeScore, e ela viu sua classificação despencar rapidamente. De uma influente “Leveler”, como eram chamadas as que buscavam altas altas, ela se tornou uma “Outsider”, um status associado aos que desafiavam as normas.

Contudo, a jornada de Emma com os desconectados revelou uma verdade peculiar: as peculiaridades e a verdadeira conexão humana não puderam ser quantificadas por um escore. Os rebeldes, embora tivessem baixas classificações sociais, viviam vidas com significado genuíno, onde as conexões eram baseadas em experiências óbvias.

Eventualmente, Emma e os rebeldes orquestraram uma revolta silenciosa. Usando as brechas do sistema, eles superaram as barreiras que aprisionavam as pessoas em suas buscas desenvolvidas por aprovação social. Suas histórias de resistência resultaram a se espalhar, inspirando outros a questionar o LifeScore.

O clímax da revolta ocorreu durante um grande evento público, onde Emma e os rebeldes conseguiram expor as falhas do LifeScore para toda a sociedade. A revelação chocou as pessoas, fazendo com que muitos repensassem a importância excessiva que davam às avaliações sociais.

O sistema de gameficação, que antes ditava a vida das pessoas, começou a se desintegrar. Emma, agora vista como uma líder da revolta, tornou-se símbolo de uma nova era de ocorrências e conexão humana genuína. A sociedade, liberta das correntes da busca implacável por aprovação, começou a redescobrir o verdadeiro significado da vida para além dos pontos e classificações.

criador na criatura



 Layssa Beatriz


A essência da criatividade está entrelaçada com o ato de criar, seja dando vida a algo inédito ou conferindo novas funções ao que já existe. A própria existência humana é um testemunho dessa força criativa, uma expressão contínua de inovação que nos trouxe até o presente momento.

Na fé cristã, a narrativa da criação descreve Deus como o supremo Criador, dando origem aos animais, aos mares, aos céus, moldando o homem e a mulher com a capacidade de criar e multiplicar. Essa conexão intrínseca entre a criatividade e o ato de criar parece ser uma dádiva que transcende crenças e fronteiras culturais.

A singularidade de cada ser humano se revela na maneira como exercitamos nossa criatividade. Cada um de nós possui particularidades únicas, habilidades e perspectivas.

É por meio delas que revelamos nossa capacidade de criar, seja na concepção de ideias inovadoras, na resolução de desafios complexos ou na simplicidade de viver e criar no ordinário.

A criação, na fé cristã, não foi um evento isolado, mas um chamado para que a humanidade continuasse o processo criativo. Assim, ao criar filhos e filhas, ao cultivar relacionamentos e ao contribuir para o bem comum, perpetuamos o dom divino da criatividade que nos foi confiado.

Nesse contexto, a criatividade torna-se uma dádiva inerente à nossa natureza, uma capacidade que nos conecta ao divino e nos impulsiona a explorar constantemente novos horizontes. Ao reconhecer e cultivar nossa própria criatividade, não apenas celebramos a riqueza da diversidade humana, mas também honramos a sagrada tradição de criar, uma tradição que transcende as fronteiras do tempo e da fé.

Escolho viver!

 


Não somos livres nem para viver, mas como estamos condenados a isso… Que seja para escolher viver!

ISAAC SILVA DE OLIVEIRA

Uma noite qualquer, numa mesa de bar qualquer, amigos se reúnem para beber umas ‘gelas’. Conversa vai, conversa vem, o álcool desce e a ideia sobe à cabeça. Fazer uma viagem. Prestigiar uma mostra de cinema. Alugar uma estadia. Conhecer pessoas. Curtir outros rolés, ambientes e praias. Ai, que delícia o verão! Mostra o ombrin, brinca no chão, ah-ha-ha!

Alguns dias depois, correria e agito. Pegam a estrada por aproximadamente 2 horas. Chegam ao destino: São Miguel do Gostoso. Várias noites de exibições de filmes na faixa de areia da praia de Maceió. A céu aberto. Lua cheia. Belas vistas. Curtas e longas. Narrativas diversas. 600 cadeiras de praia dispostas numa sala de cinema à beira-mar. Todas lotadas. Simplesmente espetacular!

Os rolés? Pessoas incrivelmente bem vestidas e estilosas. Sejam de saias, vestidos, calças pantalonas, dentre outras peças de roupas e acessórios, parece um red carpet todas as noites. Algumas festas, discotecagens ou afters acontecem depois das exibições. Na festa oficial do evento, os mais destemidos inimigos do fim viraram noite adentro e amanheceram na praia.

No entanto, cá estou – um desses amigos – escrevendo sobre as exibições da noite de domingo. Um curta sobre mitologia dos orixás, com uma representação interessante de Exú. Outro curta sobre a região Nordeste. E o longa-metragem que emocionou e muito. Um filho reencontra o pai, supostamente durante a pandemia da Covid-19. Ele aprende lições. Nós, que assistimos ao filme, também aprendemos.

Não é só sobre o domingo. É sobre os dias que antecederam até aqui. Minha trajetória até então. Tantos motivos para não chegar até aqui, e cheguei. Caso me pergunte se eu me imaginava estar onde estou, neste exato momento, o “não” certamente viria. Mas escolhi viver: sentindo muito, transbordando-me aos trancos e barrancos, ainda que colecione algumas dívidas e prantos. Nada de material se leva desta vida para outra (se houver). Enquanto puder, viva!


desplugado

 

DHIMITRI ROMUALDO CAMPOS


Nas páginas do livro se revela

Um mundo de saberes, luz que resplandece

"Ludoaprendizagem Desplugada", a estrela

Do ensino fundamental, a ciência que enaltece


Entre tabuleiros e peças a dançar

O pensamento computacional se revela

Um jogo sagaz, a mente a desafiar

No aprendizado, a trama se desenrola


Desplugados, mas conectados na arte

De ensinar com jogos, a mente a navegar

Cada movimento, uma estratégia a parte

No universo lúdico, o saber a desabrochar


Nas linhas dessa história, a pedagogia se entrelaça

Com as peças do ludo, a mente se expande

O conhecimento, qual jogo, se abraça

Num diálogo de aprendizado que nunca se desmancha


No tabuleiro da sala de aula, a magia se faz

Onde o ensino e o jogo se fundem em dança

"Ludoaprendizagem Desplugada" nos traz

O encanto do saber, a mente que avança


Assim, entre páginas e jogos a se entrelaçar

O livro nos guia, na rota do aprender

No ensino fundamental, a luz a brilhar

Desplugando saberes, fazendo o futuro renascer.



INTRODUÇÃO À CRIATIVIDADE

 


JOÃO GUSTAVO DE OLIVEIRA SILVA

O mundo está em constante mudança, a todo momento novas tecnologias, novas ferramentas e novas formas de desenvolver as nossas atividades são criadas e precisamos estar atentos e prontos para essa mudança. A criatividade é uma característica que ajuda nesse processo, é uma habilidade que cria indivíduos e profissionais capacitados e adaptados para um mundo em movimento.

Em 2023 tivemos um boom das inteligências artificiais. Hoje é possível criar imagens, desenhos, textos, coletar informações e até mesmo criar música de uma maneira nunca vista, e é só o começo. A tecnologia está evoluindo e várias profissões estão acompanhando. No exemplo do jornalismo, não basta mais um jornalista saber criar um bom texto, ter agilidade para encontrar a notícia, o jornalista precisa também entender profundamente sobre social media, saber o momento certo e a plataforma certa para cada conteúdo. Um jornalista hoje também pode precisar entender sobre produção de conteúdo para plataformas de vídeo vertical, como Reels, TikTok e YouTube Shorts.

No livro Introdução à Criatividade do autor Marcos Nicolau, essas questões ficam bem definidas. A criatividade é uma característica que pode ser desenvolvida em qualquer pessoa, em qualquer momento da vida. Mesmo que muitos possam ter dificuldade em criar ideias novas, todos temos essa capacidade. Existem pessoas que se destacam mais pois possuem também a criatividade para “vender” as suas ideias, é o exemplo de Steve Jobs e Elon Musk. Isso mostra que aliar uma ideia diferente a um bom discurso pode ser bastante eficiente.

É muito importante que os estímulos criativos sejam incentivados desde a infância, através da educação. Algumas metodologias de ensino tendem a podar o pensamento criativo e inovador, criando uma limitação das capacidades criativas. Métodos de ensino participativos e dinâmicos podem ser a chave para as futuras gerações.

O livro Introdução à Criatividade é leitura recomendada para entender esses e outros aspectos da criatividade. Entender esse aspecto da natureza humana é muito importante para que tenhamos cada vez mais pessoas inovadoras e disruptivas na sociedade e no mercado, criando ideias que irão gerar um grande benefício para todos.


O Jogo da Criatividade

 


Uma Dança entre Ideias e Possibilidades


REBECA LIMA DE OLIVEIRA


Existia uma cidade onde a monotonia se espalhava pelas ruas como uma névoa cinzenta. As pessoas caminhavam com passos previsíveis, os olhares perdidos no horizonte monótono de prédios e rotinas entediantes. Parecia que a criatividade havia se perdido desses terrenos, deixando um vazio no coração da comunidade.

No entanto, um dia, algo extraordinário aconteceu. Um circo peculiar, conhecido como "Circo das Ideias Malucas", armou sua tenda no centro da cidade. Dentro daquela tela colorida, os habitantes encontravam-se em um mundo de jogos lúdicos que prometiam ressuscitar a chama da criatividade que há muito tempo adormecera.

Ao entrar no circo, as pessoas foram recebidas por malabaristas de palavras e equilibristas de pensamentos. A atmosfera vibrava com energia criativa, e cada barraca oferecia um desafio diferente para os participantes. Havia o "Tabuleiro dos Sonhos", onde as peças eram feitas de aspirações e os movimentos eram guiados pela imaginação. Os jogadores viam navegando por oceanos de ideias e escalando montanhas de possibilidades.

Na "Roda da Inovação", os participantes foram convidados a girar uma roleta que determinava qual desafio criativo enfrentariam. Pintar um quadro sem pincéis, inventar uma história a partir de palavras procuradas ou criar uma escultura com materiais inusitados eram apenas alguns exemplos. Cada desafio estimulava a mente a sair dos trilhos habituais e a abraçar o inesperado.

O ponto alto do circo era o "Labirinto das Ideias", um emaranhado de caminhos sinuosos onde os visitantes se perdiam em pensamentos e encontravam soluções inusitadas para desafios propostos. À medida que percorriam os corredores do labirinto, descobriam portas secretas que levavam a novas dimensões criativas.

À medida que as pessoas se entregavam aos jogos e brincadeiras, a cidade começou a se transformar. As paredes ganharam cores vibrantes, as praças foram preenchidas com esculturas e as ruas ressoavam com a música da inovação. A monotonia foi substituída por uma dança animada entre ideias e possibilidades, e a cidade floresceu sob o feitiço da criatividade.


Passos para a criatividade

 


Maria Eduarda Pereira da Silva


Marcos resmunga olhando para o chão suas falas baixinho, as luzes estão semi apagadas podendo ser visto apenas as sobras dos telespectadores nas arquibancadas do programa que conversam distraidamente.

Todos os anos em seu programa anual Marcos nos apresenta suas criaturas, como um grande cientista que é, ele dá vida e forma a palavras e descrições que nunca imaginamos ver. Há dois anos ele surpreendeu a apresentar a uma acanhada e envergonhada criatividade, que após uns minutos desenvolveu confiança e nos mostrou até onde podemos chegar se estimulada.

Não se pode negar a surpresa de ver como é ao vivo e em cores (muitas cores) algo que fica apenas dentro de nossa mente. E com essa inovação choveu inúmeras dúvidas de como Marcos a criou, e para sorte não apenas que quem está presente, mas para todos que assistirem o programa de casa ele trouxe a resposta que está enfileirada atrás das cortinas, com 1,60 de altura conversando pelos cotovelos.

Assim que a cada placa de acende todos no estúdio se calam por completo, excerto as criações do Marcos que continuam a cochichar sem descanso. Marcos acompanha o olhar do diretor e vai até as cortinas.

- Meninos... - Sussurra e todos os dez focam nele de imediato – Por favor...

Assim que consegue o que queria, volta para a marcação pedindo desculpas para o diretor que descarta seu pedido com um aceno tranquilo de cabeça fazendo um sinal para o câmera. Marcos foca no homem barbudo que levanta três dedos da mão direita iniciando a contagem.

Três, Marcos passa a mão pela camisa social branca. Dois, segura com mais força o microfone do que o necessário - o único sinal de nervosismo que se desfaz assim que a luz vermelha de “gravando” acende. Um...

- Boa noite a todos! - Cumprimenta – Nesta noite vim apresentá-los aos dez passos para a criatividade... após a minha última criação vários de vocês me questionaram como eu a criei, a desenvolvi e nada mais justo de que após incentivar a todos a pensar fora da casinha – A plateia rir pela expressão - Eu também mostrar cada passo que eu mesmo precisei percorrer para exercitar a minha própria criatividade...

Enquanto fazia sua introdução atrás das cortinhas se iniciava um pequeno surto já que a bricolagem achava que tudo aquilo era demais para ela.

- Não... não - Disse dando passos para o lado, saindo da formação e chamando a atenção dos outros – Eu não vou conseguir...

- De novo isso? - A Irreverência disse revirando os olhos enquanto ignorava o olhar de repreensão da inspiração

- Por que você é assim? - o Tao perguntou a irreverência enquanto o Insight e a inspiração tentavam acalmar a bricolagem – Se acha melhor do que nós?

- Por que sou mais ousado que você? - A irreverência responde com uma pergunta de forma convencida

- Ousado? - O Metáfora se meter – Eu diria grosseiro – Tao segura o riso pela resposta afiada do amigo que levanta a mão para ele bater.

A Irreverência saí do começo da fila passando pelo círculo de criaturas que tentam acalmar a bricolagem indo até os dois últimos da fila, ela observa os dois silenciosamente.

- E quem é você? - Pergunta para o último da fila

- Sou o Tao – Diz firme – O responsável por manter a igualdade entre nós - Conclui com orgulho e a Irreverência intercala entre ele e a Metáfora até que foca apenas na Metáfora.

- Estou esperando você reafirmar o que seu amigo falou – Alfineta

- Não é porque eu sou a Metáfora que faço isso sempre – Diz convicta – Eu faço isso sempre? - Pergunta para o Toa que dar de ombros

- Bri... você precisa se acalmar – A Mentalidade não-especializada diz calma – Você se lembrar? Pequenos trabalhos... pequenos trabalhos...

- Mas aquilo? - A Bricolagem aponta para o palco onde o Marcos aponta para um grande telão - É um grande trabalho, um enorme... astronômico

- Estaremos com você - A Mentalidade não-especializada devolve e o bom-humor concorda com a cabeça

- Por que não deixamos ela e vamos de uma vez? - A Irreverência pergunta e todos bufam

- Somos 10 – A Criança levanta as duas mãos respondendo sem medo – E não 9 – Diminui um dedo

- Exatamente! Somos como um time de futebol – Disse a Metáfora - Somos todos importantes – Tao bufa negando com a cabeça - O que?

- A questão é... - A Irreverência diz – Porque devemos te escutar, especializado? - Cruza os braços

- Não é obvio? - A Mentalidade não-especializada fala – Exatamente por isso, eu sei de tudo, estudei sobre tudo a respeito de quem somos e onde podemos chegar se nos unirmos... e é não-especializada – corrige

- Pior ainda – a Irreverência rebate

- Você não devia nos contrariar – Disse a Inspiração

- Por que eu não aceito o que vocês dizem de imediato? - Disse a Irreverência dando dois passos à frente

- Tecnicamente, você não está errado – O Insight diz pela primeira vez – Apenas direcionando para a direção errada

- Não consigo pronunciar o nome desse cara – A Metáfora sussurra para o Tao

- Não consegui nem entender o que ele disse agora – Respondeu o Tao

- Alguma dessas pessoas não vão nos estender até mesmo a achar que não precisam de nós para alcançar a criatividade e é você com a sua aversão a aceitar a verdade que vamos conseguir – A Irreverência pista atônica com a descoberta

- O QUE? Eles podem não gostar da gente? - A Bricolagem fala surpresa

- Bri... - PLN chama sua atenção - Eles precisam de nós, da nossa ajuda... de cada um de nós - Diz olhando para todos – Precisamos ir juntos e convencê-los a isso... o Marcos vai nos ajudar, não se preocupe

- Ele é o responsável por nos manter unidos – Sussurra a Metáfora

- A gente escuta vocês... então parem de cochichar – A inspiração aconselha

- Todos somos importantes – Tao emenda – E se você não se sentir pronta, Bri... nós não vamos – Bricolagem olha surpresa para todos que concordam, excerto a Irreverência

- Pessoal! - Um homem da produção surge do nada fazendo os 10 pularem – Desculpa... vocês estram em um minuto – E se afasta

- O que vamos fazer? - Pergunta a criança

- Para suas formações - Bricolagem diz com um sorriso – Nos seus lugares – Fala confiante

- Nos seus lugares! - A Irreverência diz com certeza e todos sorrirem para ela

- Abraço! - o Bom-humor grita antes de fazer todos formarem um círculo até que escutam um POOF e um ser minúsculo e colorido surgir entre eles.

- O que estou? - Disse a criatividade

- Acho que era pra ela surgir apenas no palco, não? - Perguntou a Metáfora


Uma aula sobre pensamento computacional

Gabriel Gomes


Era uma vez em uma pequena cidade chamada Cognitópolis, onde a educação tinha um toque mágico e inovador. Nessa cidade, os habitantes acreditavam que o conhecimento não só deveria ser transmitido, mas também vivenciado. Em um dia ensolarado, o Professor Byte, renomado mestre do Pensamento Computacional, decidiu levar seus alunos para uma jornada educacional única.

O Professor Byte levou seus alunos para a sala de aula, onde uma grande mesa estava posta com tabuleiros de jogos coloridos. Naquele dia, ele iria explorar os fundamentos do pensamento computacional de uma maneira totalmente nova, utilizando jogos de tabuleiro como analogias vívidas.

A primeira lição começou com a Abstração, representada pelo jogo Pentalpha. Os alunos foram desafiados a filtrar e classificar dados, assim como o calendário organiza eventos de forma esquemática. Enquanto organizavam suas peças no tabuleiro, percebiam como a abstração era crucial para destacar elementos essenciais em um problema.

Em seguida, o Professor Byte trouxe à tona o Algoritmo, utilizando o xadrez como exemplo. Os alunos mergulharam em sequências lógicas e organizadas de movimentos, percebendo que a resolução de problemas no xadrez representava um algoritmo complexo. A sala de aula se transformou em um campo de estratégia, onde cada movimento era um passo em direção à vitória.

A Decomposição veio à tona com o jogo Grande Engarrafamento. Os alunos enfrentaram um desafio, dividindo um problema aparentemente complexo em partes menores. Enquanto moviam carros no tabuleiro, percebiam como a decomposição facilitava a resolução, assim como dividir equações matemáticas complexas torna a solução mais acessível.

O Reconhecimento de Padrões foi explorado com o Jogo da Velha e a Trilha. Os alunos identificaram características comuns entre problemas e soluções, percebendo que, assim como nos jogos, padrões surgem e podem ser aproveitados para tomar decisões mais informadas.

Para consolidar esses conceitos, o Professor Byte introduziu um desafio final usando o jogo "Grande Engarrafamento". Um "bug" foi inserido, assemelhando-se aos problemas em programas de computador. Os alunos, como verdadeiros programadores em treinamento, foram desafiados a identificar e corrigir o "bug". Esse desafio prático promoveu uma compreensão profunda dos conceitos de abstração, algoritmo, decomposição e reconhecimento de padrões.

Ao final do dia, os alunos de Cognitópolis não apenas entenderam os fundamentos do pensamento computacional, mas também perceberam como esses conceitos podiam ser aplicados em suas vidas cotidianas. A cidade, agora impulsionada pelo conhecimento prático, brilhava com uma luz de aprendizado inovador, graças à visão do Professor Byte e à magia dos jogos de tabuleiro.

domingo, 26 de novembro de 2023

sinfonia de ideias

 


Criatividade

Kamily Santos


Na tapeçaria da existência humana, a criatividade emerge como o fio vibrante que une inovação, expressão e engenhosidade. É a sinfonia de ideias tocando harmoniosamente na vasta extensão da mente.

A criatividade é a alquimia que transforma momentos mundanos em caleidoscópios de inspiração. É a pincelada do pintor que dá vida a uma tela em branco, as palavras do poeta que dançam no reino da imaginação e a centelha do inventor que acende uma revolução.

Na sua essência, a criatividade não se limita apenas ao domínio dos artistas. É uma linguagem universal falada por pensadores, sonhadores e visionários. É a força que impulsiona o progresso, transcendendo fronteiras e abrindo novas possibilidades.

A jornada da criatividade costuma ser uma dança com o desconhecido. É uma vontade de explorar os territórios desconhecidos da mente, de abraçar a incerteza que acompanha o nascimento de algo novo. Nesta dança, os erros tornam-se trampolins e os fracassos tornam-se o terreno fértil para futuras inovações.

A criatividade não é um recurso finito; é uma fonte que se reabastece a cada ato de expressão. Ela prospera em ambientes que estimulam a curiosidade, celebram a diversidade e incentivam a coragem de pensar de forma diferente. É a essência da evolução humana, impulsionando as sociedades para a frente e desafiando o status quo.

Na grande tapeçaria da vida, cada indivíduo contribui com uma tonalidade única para a tela da criatividade. É a colaboração destas diversas cores que cria uma obra-prima, refletindo a riqueza da experiência humana.

Então, deixe a sinfonia de ideias continuar. Deixe a criatividade ser a estrela-guia que nos leva a reinos inexplorados, lembrando-nos que no reino da imaginação não há limites, apenas infinitas possibilidades à espera de serem descobertas.

Sinapses Poéticas


Dança da Razão e Criatividade 

Por Tony Lucas 

Na dança das sinapses, um livro se abre, 
Marcos Nicolau revela os recônditos da mente,
Razão e Criatividade, um dueto que acende, 
Num poema cerebral que a mente celebra. 

 A primeira parte desvenda o enigma, 
Entre astrócitos, glias e neurônios em festa, 
Subjetividade dança, a lógica se empresta, 
E a intuição desperta, sábia e íntima. 

 O segundo ato, "Inteligência Criadora", 
Um laço entre quântica e imaginação, 
Pensamento lateral, abrindo a caixa de Pandora, 
Explora todas as vias da mente em ação. 

Irreverência, Chomsky e Piaget a debater,
Criatividade como revolução do ser, 
A mente a criar, a se reinventar, 
Razão e intuição a se fundir e a renascer. 

Emoções na dança, no tecido social, 
A inteligência se mescla ao coração, 
Insight e inspiração, uma dança sem igual, 
Construindo talentos, a mente em expansão. 

 Desafios não são problemas, são notas a alcançar, 
A vida, uma canção para criar e explorar, 
O medo do desconhecido, a mente a enfrentar,
 Educação emocional, uma chave para voar. 

 Paixão e entusiasmo, os motores da ação, 
Além da mente, um aspecto imaterial a vagar, 
Tecnologia avança, na era da comunicação, 
Leitura ou multimídia, novos caminhos a trilhar. 

 Marcos Nicolau em versos desvenda o universo, 
Entre razão e criatividade, o poema se expande, 
A mente, um palco onde o conhecimento disperso, 
Desperta, voa alto, em busca do entendimento grande.