Nascida em uma casinha de taipa no sertão, observou desde muito cedo a tentativa do cultivo com a terra seca onde só restava a fé nos dias de chuva que tardavam a chegar. Nos olhos do avô uma bonita esperança por dias chuvosos. Na memória permanece o cheiro de terra molhada, a dança na chuva, brincadeiras de pega pega e pular em poças. Cresceu ouvindo conselhos para buscar algo melhor e sair da cidade pequena, onde existem desafios significativos. Ainda assim, foi difícil deixar para trás pessoas que amamos. A verdade é que ela continua a mesma menina que corria descalça no terreiro, acreditando que a educação é a ponte que conecta sonhos ao futuro. Apesar de difícil, sua história não é apenas sobre sair do interior, e sim sobre carregar o interior consigo, respeitando suas origens, a simplicidade e a força. Afinal, não importa o tamanho do lugar onde nascemos, mas o tamanho dos sonhos que cultivamos
Larissa Araújo
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